Seja bem-vindo 2021, seu lindo!

Quem me conhece sabe que amo escrever. E desde o ano passado me comprometi, com pouca obrigação e grande prazer, a cumprir a tarefa de escrever alguma coisa sobre o Ano Novo, a cada início de ano.

Esse artigo tem a pretensão de ser apenas uma ferramenta de sinalização. Não há adivinhações no texto. Só há algumas reflexões que, espero, sejam úteis, em algum momento, durante o percurso do corrente ano.

Então, sem mais delongas, já que ela tem lenço e tem documento e não me dá sossego, 2021 é um ano regido por Vênus, deusa da Beleza e do Amor. O Amor como arquétipo do autocuidado, do amar a si mesmo. É um ano para avançar para dentro de si mesmo e fazer o fluxo de se banhar internamente, na frequência do rio do Amor, e deixar esse fluxo interior fazer o trabalho de expandir o Amor a partir de você, beneficiando a sociedade, o entorno e a congregação.

Sim, 2021 é um ano do agregar, em que a tônica principal serão as emoções. A qualidade do seu agregar estará diretamente relacionada à qualidade da água que você cultiva no seu mundo interior. Por isso, a dica é mergulhar para dentro de si mesmo. Banhe-se com todo o mel que você ousaria querer. Sinta vir tão presente o cheiro do Amor. Cure suas feridas. Aceite-se. Abra os olhos para aquilo que você não quer enxergar dentro de você. Pratique um olhar gentil para consigo, mesmo.

Como diria aquele pagodeiro, a beleza existe naquele que se considera belo. O segredo daqueles que conseguem se realizar afetivamente está no poder de atração, que ultrapassa o físico. Ser sentimental e ter um coração saliente. Não adianta você investir nos adornos externos e na fina estampa se você é uma pessoa que não se acha verdadeiramente bela, se você não se ama, não se respeita e não se aceita. Não adianta você se maquiar e ir para a pista se você não se alegra com a felicidade e o amor dos outros casais.

Uma beleza fria, sem o minério do Amor, pode até atrair, mas não mantém. Você pode ir a um restaurante e pedir um prato bonito, mas se faltar tempero, não tem graça. No primeiro momento, você pode até ser iludido pela aparência, mas duvido que você volte a pedir o mesmo prato daquele restaurante em outra oportunidade.

Maniçoba nos mostra que o que importa é a beleza interior

Ano de 2021 é um ano de fortes emoções, não somente no campo do Amor. Você será tentado a se afogar no inconsciente coletivo. Sei que é estranho ir na contramão do que está em voga, mas é um ano em que, inevitavelmente, haverá aglomerações. Temos à vista rios de gente, multidões indo às ruas, agitações diversas no campo político, inclusive, num movimento entre a repressão e a afirmação.

O risco de não fazer o trabalho de se enraizar no mundo interior é você não estar preparado para um eventual caos, devastando seu equilíbrio psicoemocional, como um tsunami social, familiar ou externo. Aí, há uma possibilidade de ser entregar, física e espiritualmente, aos mais diversos vícios e perder, assim, o autodomínio, definitivamente.

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O ano de 2021 é de Oxum, Orixá feminino do Trono do Amor, arquétipo da fecundidade e da gestação.

É tempo de gestar e aproveitar a doce água do coração grato para cultivar o que você quer cocriar. A fase do cultivo, de regar aquilo que se quer, no dia a dia, será potencializada nesse período.

É momento de fazer seu mundo girar na filosofia do ganha-ganha, utilizando a frequência de mãe Oxum a seu favor. Ou seja, menos competição e mais cooperação. Inclua a frequência de Oxum no seu cotidiano. Não deixe essa linda fazer falta em tudo o que você fará ou não fará.

Afetividade é uma chave importante para 2021. Quem desenvolver essa capacidade, de colocar afetuosidade nas suas relações, terá uma mina de prosperidade.

Lembre-se: é um ano de se externar, de buscar e firmar amizades, estabelecer contatos, fazer o networking, do trabalho em equipe e da empatia.

O cuidado é você não descambar para o extremo de ser o famoso arroz de festa. Por favor, não vá com muita sede ao pote. Não seja o açúcar em excesso, que transforma o que era para ser gostoso em algo enjoativo.

O excesso significa falta. Há uma riqueza pessoal a ser conquistada se você der importância tanto ao mundo interior quanto ao exterior.

Ano 2021: O Papa não é pop; o Papa é você
Fundamental ter uma mente límpida, cristalina

No tarô, o ano de 2021 tem como arcano maior o Papa. E aí é interessante que aparece o arquétipo da autoridade, ligado ao Trono masculino de Oxalá, fazendo o contraponto com Oxum, gerando o equilíbrio.

Para desenvolver em você mesmo a autoridade, é necessário ter a sabedoria de colocar em prática o conhecimento adquirido. Ou seja, no aspecto positivo, a autoridade é a conquista do líder. No aspecto negativo, é a imposição do chefe.

Então, esse ano é um convite cósmico para você desenvolver sua automestria. É um convite para você se tornar seu próprio mestre, o Hierofante da sua vida.

Não espere adquirir poder através de títulos ou cargos. Não busque apenas um conhecimento estéril. Não foque no intelectualismo. Não se prenda, ferreamente, a dogmas como uma tábua de salvação.

Não será um ano fácil, porque será intenso, e quem souber utilizar, além do aspecto emocional, o poder mental de colocar em prática todas as chaves do conhecimento que se tem, terá paz, a despeito de tudo.

Valores pessoais são fundamentais. Lealdade e caráter são fundamentais. Desapego e autodomínio são fundamentais. Amor a si e empatia ao próximo são fundamentais. Visão sistêmica e além da Matriz são fundamentais.

Você é tudo e muito mais e a felicidade é uma janela aberta para aqueles que souberem surfar, tal qual um surfista, com equilíbrio, firmeza e flexibilidade, na onda que será 2021.

Álvaro de Matos

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